O melhor termo que pode definir o significado de Páscoa (Pesah) é passagem. Vamos ver uma primeira Páscoa (Êxodo 12.23-28) quando fizeram em memória da bênção da proteção. Quando o anjo exterminador passou não feriu os hebreus. Foi uma passagem de Deus que vendo os umbrais manchados de sangue não entrava na casa do povo de Deus. Por isso eles celebraram a Páscoa pela passagem protetora e restauradora de Deus. Esta Páscoa, eles comeram antes de sair do Egito.
A segunda Páscoa é o memorial, a passagem da escravidão do Egito para a liberdade (Ex 12.48; Nm 9.1-6 e 11-14). Esse memorial é mantido em praticamente toda a história da salvação, ressaltando que em alguns períodos mais lembrado que celebrado, no tocante a festas e comidas. Neemias por exemplo mostra que a Páscoa preservou alguma cerimônia para o Templo de Jerusalém. Somente a refeição pascal foi mantida na família e tinha caráter exclusivamente de recordar que Deus nunca abandou seu povo. E na reconstrução dos muros, restaurou a fé e a dignidade de seu povo em esperança salvífica (Neemias 8.17).
A terceira Páscoa é a de Jesus Cristo, ou a sua ressurreição: passagem da morte para a vida (João 20.11-18 e 1 Cor 15.1-11).
A quarta Páscoa é a que fazemos todos os anos nesta época de celebração: é mister ter como sinal mais evidente a Santa Ceia. Quando estamos participando da Ceia estamos reconhecendo que em Cristo ressurreto passamos de um ser humano envelhecido pelo pecado para a situação de ser humano novo, renovado em Cristo o Senhor da vida.
Os discípulos de Emaús custaram crer nesta ressurreição de Cristo, talvez até pela questão dessas variantes conforme Lucas 24.13 em diante. Mas creram, por que os seus olhos do entendimento foram abertos. Que Deus nos ajude nesse tempo de incertezas e pandemia, manter os nossos olhos firmados em Jesus, nosso Senhor e Salvador, nossa Páscoa.
Rev. Edimar de Jesus Maciel